"Ver se fico perto dos 19 títulos do meu pai..."

André André numa entrevista exclusiva a O JOGO, que não pode perder na edição desta quarta-feira

Ser filho de alguém que marcou uma década no FC Porto não é fácil para André André, que, desde os primeiros pontapés na bola, teve de habituar-se a ser constantemente comparado com António André, que brilhou nos dragões entre o final da década de 80 e o início da de 90. Os conselhos que recebeu do progenitor foram importantes para o jogador em que se transformou, mas o também médio garante que a exigência da antiga glória portista em nada se compara com a que coloca nos seus ombros.

Quando chegar ao fim da carreira, quem terá mais troféus conquistados? O André ou o pai? -Queria que fosse eu, mas vai ser complicado [risos]. O meu pai ganhou muitos troféus [19] como jogador e como adjunto. Sete campeonatos, três Taças de Portugal, seis Supertaças, uma Taça dos Campeões, uma Taça Intercontinental... Não é fácil. Vamos ver se, pelo menos, fico perto. As comparações com o seu pai, no começo da época, foram constantes. Chegaram a ir à idade com que se estrearam ou marcaram o primeiro golo pelo FC Porto. Como encarou essas comparações? Sentiu alguma pressão? -Não. Encarei-as com normalidade, porque já vinham desde os tempos de miúdo. Por isso, não me preocupei muito. Cheguei a falar com o meu pai sobre isso e até achávamos essas comparações engraçadas, mas nada de mais. Não foi pretexto para nenhuma provocação? -[risos] Não. Foi sempre tudo tranquilo. Que qualidades julga ter herdado dele? -Todas as características que me fizeram crescer como jogador. Ele sempre foi exigente, mas sabia que era impossível ser mais exigente comigo do que eu próprio. Quando realizava um jogo menos bom em miúdo, ele apontava logo os erros; mas quando fazia um bom, também me dava os parabéns. Agora, já não é assim? -Não. Agora, estamos quase sempre de acordo. Ainda falam depois dos jogos? -Falamos o básico. Uma ou outra questão que tenha acontecido durante o jogo e depois passamos logo à frente.